Mas, continuando nossa história do Universo, esta teoria nos diz ainda que, apenas 30 minutos depois de ter ocorrido o Big-Bang, já haviam sido formadas muitas partículas de gás que estavam muito quentes e que se espalhavam para todos os lados. Quando se espalhou, o gás começou a se esfriar. Milhões de anos depois, esse gás se esfriou a ponto de começar a formar nuvens. Dentro dessas nuvens, algumas partes se juntaram e esquentaram novamente formando as estrelas. No interior dessas estrelas começaram a ser produzidos todos os outros materiais que formam as coisas. O conjunto dessas nuvens e suas estrelas formaram as galáxias, e, alguns bilhões de anos depois do Big-Bang, o Universo já possuía uma forma bem parecida com a que tem hoje em dia: com bilhões de galáxias gigantescas, distribuídas por todo o espaço.
Há aproximadamente 5 bilhões de anos (quanto o Universo tinha uma idade de uns 8 bilhões de anos), na borda de uma dessas galáxias, o gás se juntou e formou uma estrela muito importante para nós, o Sol. Em torno do Sol, o gás que sobrou se juntou mais ainda e formou os planetas, entre eles a nossa Terra, que passaram a girar em torno do astro-rei. Essa galáxia onde se formou o Sol é a Via-Láctea, que possui, além dele, mais aproximadamente 100 bilhões de estrelas e incontáveis planetas. Como estamos dentro da Via-Láctea, só podemos vê-la de dentro para fora: se você olhar com atenção para o céu à noite vai perceber que existe uma faixa mais clara, que corta o céu de um lado a outro. Esta faixa vai se movendo lentamente durante a noite e durante o ano (isto é apenas um efeito do movimento da Terra). Esta faixa é a Via-Láctea, que tem este nome porque é mais clara que o resto do céu e os antigos associaram isto à um “caminho feito de leite derramado” (do latim “via” quer dizer caminho e “láctea” quer dizer de leite).
Texto adaptado da página: http://www.sab-astro.org.br/cesab/newhtml/subXC.htm#p10 - Sociedade Astronômica Brasileira.